terça-feira, 26 de março de 2013

Universidade Sénior quer ir para as freguesias

Entrevista do jornal O POVO DO CARTAXO e RÁDIO CARTAXO a Argentina Tavares, da  Universidade Sénior do Cartaxo

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Os professores estão mais habituados a lidar com uma outra faixa etária, a das crianças e jovens, imagino que seja bastante diferente ensinar pessoas desta faixa etária?
Nem por isso, curiosamente. Há uma corrente muito interessante da psicologia, a psicologia emocional ou do afectos, que nós promovemos muito, enquanto professores de adolescentes e jovens, porque é muito mais motivador ensinar dessa forma, e aqui adaptamo-la à faixa etária que temos, não há grandes diferenças. O respeito, o diálogo, a integração de conhecimentos, tanto com a faixa etária mais jovem como com esta faixa etária mais sénior, é idêntica, com a diferença da idade e da cultura e dos conhecimentos que cada um transporta em si.

Há grande contacto entre as pessoas da Universidade Sénior do Cartaxo (USC) e os jovens que frequentam a escola, de forma a conseguir-se um convívio inter-geracional?
Também se pretende isso. Há alunos seniores que têm netos na própria escola, esses interagem naturalmente com os familiares, outros conhecem alunos mais jovens da cidade, há sempre essa interacção. Essa ligação, que tentamos promover ainda mais, já vem dos dois anos anteriores de USC, antes de as aulas funcionarem na escola, em que participava em eventos organizados pelo Agrupamento Marcelino Mesquita.

No futuro, a vossa ideia é continuarem com esta ligação ao Agrupamento Marcelino Mesquita ou têm projectos para serem ainda mais autónomos?
A autonomia é sempre um objectivo de qualquer instituição, no entanto, neste momento, não perspectivamos haver possibilidade de garantir o funcionamento da USC em instalações próprias com a quotização que é pedida aos nossos alunos.
A um prazo bem mais curto, o que pretendemos é ir para as freguesias, encontrar formas de colaboração e parcerias que permita que cada vez mais pessoas possam frequentar a Universidade Sénior porque, por vezes, não é fácil a algumas delas, que vivem longe da cidade, virem frequentar as aulas no Cartaxo.

(Pode ler a entrevista completa na edição da quinzena do POVO DO CARTAXO. Assine o jornal aqui)

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