sexta-feira, 1 de março de 2013

Novo tarifário das águas do Cartaxo foi aprovado

A Assembleia Municipal do Cartaxo aprovou, ontem à noite, o novo tarifário das águas. Esta aprovação foi conseguida graças ao voto de qualidade do presidente da Mesa, Fernando Santos, uma vez que a votação terminou empatada (12 a favor, 12 contra e 1 abstenção). Como se pode constatar pelos números, também fundamental para este desfecho foi a abstenção assumida por um elemento da bancada do PSD, o presidente da Junta de Freguesia da Ereira, João Mota. Uma atitude que provocou críticas fortes por parte dos eleitos do Bloco de Esquerda, o partido que mais argumentos lançou para o chumbo da proposta. O líder da bancada social-democrata, Vasco Cunha, defendeu João Mota, que, pelo facto de ali estar na condição de presidente de uma junta de freguesia tem, na sua opinião, autonomia para votar da forma que entender.
O Bloco de Esquerda também viu rejeitada uma proposta de renegociação da concessão com a Cartagua. Os dois eleitos daquele partido assumem que o seu objectivo final é que as águas voltem a ser geridas pela Câmara, mas enquanto que isso não acontece, querem tentar minorar os efeitos que dizem ser nefastos para os bolsos dos cartaxeiros. Argumentos que não convenceram os restantes partidos da oposição, tendo a moção obtido o apoio apenas dos elementos que a apresentaram.
Outro dos 'casos' desta sessão foi a apresentação de uma moção por parte do PS, de crítica a uma tomada de decisão do executivo da Câmara. Este documento, assumido pela concelhia socialista e tornado público poucos minutos antes de começar a sessão da Assembleia Municipal, propunha que o representante da autarquia na Comissão de Acompanhamento da gestão das águas fosse um quadro superior da Câmara, escolhido por consenso entre todos os partidos. Recorde-se que a Câmara escolheu para o efeito uma funcionária da empresa municipal RUMO 2020.
Esta moção, numa primeira fase, acabou por não ser considerada nem colocada à discussão e a votos por uma questão processual. É que, como não constava da ordem de trabalhos, teria a sua integração ser posta à consideração dos membros da assembleia no início da sessão, o que não aconteceu. Uma questão que foi levantada por Vasco Cunha quando o presidente da Mesa pretendeu, então, apresentá-la. No entanto, o documento acabou por ser assumido por um elemento do PS, Marco Lavrador, que o apresentou como uma moção sua. Uma moção que acabou por ser arrasada pelo PSD, que aproveitou a oportunidade para dizer existirem no concelho dois PS's, sendo um deles clandestino.

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