quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O desafio de Pedro Ribeiro

O PS sempre foi o partido maioritário no Cartaxo e o seu candidato à presidência da Câmara, Pedro Ribeiro, certamente que está a fazer tudo para que isso se mantenha. No entanto, o processo que levou à ruptura com Paulo Varanda e o seu aparecimento como candidato independente leva a que o resultado final destas eleições autárquicas seja uma completa incógnita.

A seu favor, Pedro Ribeiro conta com o peso, a estrutura e, sobretudo, o símbolo do PS, no qual a maioria dos cartaxeiros está habituada a votar. Conseguiu, ainda, ir buscar para o seu lado os antigos presidentes de Câmara (com a óbvia excepção de Paulo Caldas) e, inclusivamente, presidentes de Junta que, em determinada fase da luta interna, pareceram estar do lado de Paulo Varanda. A ajudá-lo na corrida eleitoral estão José António Sobreira (cabeça-de-lista em Pontével), Manuel Luís Salgueiro e Luís Nepomuceno (que fazem parte das listas do Cartaxo/Vale da Pinta e Vila Chã de Ourique, respectivamente). Conta com uma equipa dedicada, coesa e organizada, o que fez com que a sua fosse a candidatura que primeiro se apresentou, inaugurou a sede e entregou as listas no Tribunal. É também justo dizer que é o candidato que mais tem exposto as suas ideias e projectos.

A anterior passagem de Pedro Ribeiro pela Câmara é, ao mesmo tempo, um ponto a seu favor e uma desvantagem. Deu-lhe experiência, conhecimento dos dossiers e da máquina, pelo que, se ganhar, sabe aquilo com que conta e não precisará de muito tempo para se 'ambientar'. Mas faz com que a oposição lhe lance críticas, dizendo que, tendo feito parte da equipa dirigente da autarquia, é também responsável pelo estado a que chegou o município. A isto o candidato do PS responde que saiu por discordar do rumo que Paulo Caldas estava a seguir e que viu, com grande antecedência, quais os resultados que daí adviriam. O facto de, ao longo de todo o tempo em que foi presidente do PS/Cartaxo, não ter retirado a confiança política, primeiro a Paulo Caldas e depois a Paulo Varanda, é outro dos argumentos esgrimidos pelos seus adversários para responsabilizá-lo. No fundo, o grande desafio de Pedro Ribeiro, ao longo desta campanha, vai ser rebater estas acusações e conseguir convencer os cartaxeiros de que não tem qualquer responsabilidade pela situação a que chegou o município. E também convém que mostre ter soluções para resolvê-la.

Fica assim completa a minha apreciação aos pontos fortes e fracos das seis candidaturas. No próximo dia 29 de Setembro vamos, então, saber qual foi a mais eficaz a passar a sua mensagem e a conquistar a maioria do eleitorado.

(Opinião, Jorge Eusébio)

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