terça-feira, 6 de agosto de 2013

A caldeirada das autárquicas está ao lume

Toda a gente quer o poder. Há até, aposto, quem seja capaz de matar para ascender a um cargo que lhe dê o direito a ser chamado de sr. Presidente. E de privar com secretários de Estado, ministros, até com Passos Coelho ou Cavaco Silva, enfim, isto há gostos para tudo. 
Não sei se é o caso de algum dos candidatos à presidência da Câmara do Cartaxo. Talvez não. Provavelmente, tivemos sorte e apanhámos com alguns dos poucos políticos do país que são capazes de se sacrificar por aquela coisa que se convencionou apelidar de bem público. São logo seis os que estão dispostos a passar pelo menos quatro anos a pagar dívidas e a contar os cêntimos. Provavelmente, também a dar a cara por despedimentos. E, a seguir, como quem não quer a coisa, por algumas admissões de malta apoiante que não se meteu nisto para ficar a ver passar os navios.
Mas para já, vão ter muito que penar e inventar para conseguirem os muito suados votos que lhes hão-de permitir ascender ao cadeirão mais cobiçado cá da terra. E mesmo assim sem maioria absoluta. Quem ganhar as eleições vai ter de passar o mandato todo a negociar com pelo menos um partido da oposição tudo e mais alguma coisa para conseguir governar. Mas vai valer a pena. 

(Opinião, Jorge Eusébio)

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