quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Paulo Varanda diz que acto eleitoral é nulo


Paulo Varanda continua a jogar ao ataque. Em comunicado hoje chegado às redacções, classifica como "fraudulento" o processo das directas no PS/Cartaxo e diz que o acto eleitoral é "nulo". Garante que manifestou previamente a sua indisponibilidade para participar nas directas por considerar que houve "manipulação do processo, numa prática que atropela o espírito democrático socialista que sempre presidiu aos actos internos do Partido". Paulo Varanda faz questão de voltar a colocar neste comunicado a frase mais 'forte' e polémica usada no anterior, a de que este um acto de votação "é por muitos considerado uma fraude que resulta de esquemas mafiosos assentes em sindicatos de voto, e que conduzirá a um resultado que é conhecido por antecipação.”
E, continuando a 'jogar ao ataque', diz lamentar que a representação PS/Cartaxo "esteja a cargo de uma estrutura capaz de todo o tipo de esquemas e expedientes para legitimar um candidato que apenas persegue objectivos pessoais". Termina, solicitando, mais uma vez, a intervenção das estruturas distritais e nacionais do PS.
Naturalmente que uma visão totalmente diferente do processo tem Pedro Magalhães Ribeiro, que, em entrevista à Rádio Cartaxo, garantiu que "o processo foi conduzido do ponto de vista estatutário, de forma irrepreensível e, do ponto de vista político, de forma correcta e transparente". A mesma opinião manifesta a presidente da Mesa, Maria Manuel Simão, a quem coube a tarefa de conduzir as eleições. Na sua opinião, "todo o processo decorreu dentro da máxima legalidade, o regulamento foi seguido e, a meu ver, está tudo correcto". Questionada sobre o facto do nome de Paulo Varanda ter constado dos boletins de voto, apesar de ter dito que não ia a directas, explica que isso aconteceu porque "não tive informação oficial" da sua desistência.
Também Pedro Magalhães Ribeiro afirma só ter tido conhecimento da desistência pela comunicação social e qualifica-a como "incompreensível". Como, aliás, muitas das atitudes tomadas por Paulo Varanda ao longo do processo. Recorda que o presidente da Câmara cai em contradição ao dizer que "jamais seria candidato às directas", enquanto que, "em simultâneo, reivindica mais tempo para que os militantes pudessem votar na sua candidatura em eleições directas". Também não percebe porque é que Paulo Varanda "esteve à espera das urnas abrirem para dizer que não era candidato" se considerava o processo uma fraude. 
Relativamente ao resultado eleitoral, manifesta "satisfação" por ter sido escolhido e diz ser "motivo de orgulho e uma honra ter conseguido granjear tantos votos". Isso deixa-o "motivado e bastante estimulado para, em conjunto com uma vasta equipa de pessoas, procurar aquilo que são as melhores soluções para o nosso concelho". 
Recorde-se que participaram no acto eleitoral que tinha como objectivo escolher o candidato do PS/Cartaxo às próximas eleições autárquicas 155 militantes, tendo 147 votado em Pedro Magalhães Ribeiro, 6 em Paulo Varanda e 2 colocaram o voto na urna em branco. 

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