sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cartaxo com Orçamento de mais de 72 milhões de euros

O Orçamento da Câmara do Cartaxo para 2013 é de 72,3 milhões de euros. O documento foi aprovado ontem, em sessão do executivo camarário, com os votos favoráveis da maioria socialista e a abstenção de Paulo Neves, um dos vereadores eleitos na lista do PSD. Horas mais tarde, também receberia o aval da Assembleia Municipal, aqui com votos a favor de treze elementos do PS e do presidente da Freguesia da Ereira (PSD). Os restantes eleitos da oposição votaram contra e registou-se, ainda, a abstenção de um deputado municipal do PS.
O presidente da Câmara, Paulo Varanda, disse ser este o Orçamento possível e de "dificílima execução". Até porque uma parte substancial (cerca de 60%) dos 72,3 milhões aprovados refere-se a verbas destinadas ao pagamento de dívidas antigas. Juntando a essa verba a destinada ao pagamento de ordenados (6 milhões), às transferências para as freguesias, refeições escolares, Centro Escolar do Cartaxo e outros projectos em curso, o valor real com que a autarquia poderá contar é de apenas "21 a 22 milhões de euros". Para que seja possível fazer a gestão com tais valores, referiu que vai ser preciso cortar em "gorduras" e deixar cair, pelo menos para já, projectos como o Valada XXI, o Centro Escolar de Pontével e a ETAR de Vale da Pedra.
A oposição responsabilizou os sucessivos executivos socialistas pela situação que se vive e manifestou a sua convicção de que este é mais um orçamento irrealista, que não irá ser cumprido.
Outro dos temas da ordem de trabalhos era a discussão e deliberação sobre a proposta de celebração de um contrato adicional das águas com a Cartagua. Paulo Varanda defendeu que ele não implicaria qualquer acréscimo nas facturas no próximo ano, mas pelas contas do Bloco de Esquerda, a sua aprovação implicaria o aumento do preço da água em 40% até 2018 e a diminuição das rendas a pagar pela empresa. A proposta acabou por ser chumbada, com os votos contra de toda a oposição e de um elemento do PS. Quatro outros eleitos socialistas também contribuíram para o 'chumbo' por terem optado pela abstenção.

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