segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Parque da Cidade custou 800 mil euros à Câmara

Excerto da entrevista do ex-presidente da Câmara do Cartaxo ao jornal O Povo do Cartaxo e Rádio Cartaxo (II)
O Parque da Cidade era fundamental ser feito?
Tínhamos que fazer uma opção, se íamos ou não buscar aquele dinheiro a fundo perdido. Apenas investimos ali qualquer coisa como 800 mil euros de dinheiro da Câmara, o resto foi dinheiro a fundo perdido, na ordem dos quatro milhões de euros de investimento. Se não aproveitássemos para fazer a beneficiação da zona nascente e histórica da Ribeira e aquele Parque Central, o dinheiro era perdido.
Está a dizer que fez uma boa gestão, mas, nesta altura, a Câmara do Cartaxo é uma das mais endividadas do país. Como é que isso aconteceu?
Como é óbvio, não há só virtudes, a dívida avolumou-se por causa destes investimentos, 85% da dívida que existe do município é dívida de obra, a empreiteiros. Nós tivemos que construir obras que vão durar mais de cem anos com financiamentos de curto prazo, ou seja, entalando infelizmente, as empresas que não tinham culpa de nada disto e isto foi responsabilidade dos governos da administração central, que inviabilizaram a capacidade financeira dos municípios.
O Cartaxo em 2002, 2003 e até 2005, tinha capacidade de financiamento a médio e a longo prazo, isto resolvia-se tudo se permitissem fazer aquilo que está a ser feito hoje.
Acha que vai haver dinheiro para pagar a dívida?
Não tenho dúvida alguma que o município do Cartaxo tem capacidade financeira para suportar o pagamento da dívida de 40 milhões de euros a 20 anos. E digo-lhe mais, com os terrenos que foram comprados, as áreas empresariais a desenvolverem-se, espero que os próximos autarcas, efectivamente, garantam a conclusão das áreas empresariais, essa é a chave do futuro da nossa terra. 

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