segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tá bem, tá

Houve tempos em que as pessoas viviam sem frigoríficos, televisores, automóveis, telemóveis, internet e facebook. Ensinam isto aos putos nas escolas. Como se fosse possível. As aldrabices que tentam meter-nos na cabeça, devem eles pensar.

(Opinião, Jorge Eusébio)

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1 comentário:

  1. É verdade que , em tempos não muito distantes, e se recuarmos até aos anos 40, uma família média portuguesa não possuia qualquer dos bens enunciados: frigorífico, fogão elétrico ou a gás, rádio, grafonola, motorizada, automóvel, dinheiro no Banco, enfim... não tinha nada. Nem sequer punham os filhos na Primária. Havia era que trabucar para ajudar no orçamento da casa.
    Mas se recuarmos ao início do século XX, as carências eram bem mais vincadas. E assim piorando, até ao Homo Sapiens.
    Com o passar dos anos, a coisa foi progredindo, e na década de 60, já se podia contar pelos dedos de mãos e pés, as famílias que, na minha aldeia, possuiam aqueles bens. E também já se via (à lupa) um ou outro rapazola a estudar. Lá mais para o fim da década, e já em era moderna (desde que o Homem pousou na Lua, algumas até já tinham televisão. A preto, branco e às riscas, mas não deixava de ser televisão. Quanto a finanças, também já se vislumbrava, aqui e ali, algumas pessoas mais apessoadas que tinham aberto conta no Banco.
    Nos tempos modernos, até ao ano da graça de Deus de 2007, já toda a gente tinha tudo de tudo, ou quase tudo, porque uma das grandes "armas" que se deveria adquirir, era, de algum modo negligenciada, que era a do CONHECIMENTO. Os Governos foram logo os primeiros a acabar com tal benesse, fechando ou transformando o ensino profissional, as Escolas Técnicas, em favor de uma oferta aberta, em ambiente liceal, a gente com manhas de doutores, sem ofensa. Um ramo do ensino seria complementar do outro, mas eles não entenderam assim, e hoje anda tudo a reboque de leis que vão fazer de conta que saem, mas que não saem, para tentar remediar as asneiras de um passado recente. Por isso, hoje, somos um país de gente com poucas habilitações tecnico-profissionais.
    E é bom convencer os miudos desta triste realidade: de agora em diante, e por muitas décadas, as coisas não serão tão fáceis como nos últimos anos. O Salazar ou o Cardeal Cerejeira, um deles, terá dito que as Escolas deveriam fechar durante 50 anos, pois assim o povo seria feliz. E pelo que se vislumbra no horizonte, mais parece que esse augúrio está por aí a chegar. Mas o povo, esse será cada vez mais infeliz.
    Que eu me engane.

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