quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A polémica do Lago dos Patos


Nos últimos tempos, o Lago dos Patos tornou-se um dos espaços mais falados do Cartaxo, pelo menos, nas redes sociais. O aspecto do lago e a sua evidente falta de limpeza provocaram críticas de cidadãos e de deputados municipais, em especial, Odete Cosme, do Bloco de Esquerda, que pediu explicações ao vice-presidente, Bernardo Pereira.
Este responsável autárquico veio agora, através de uma nota escrita enviada à Rádio Cartaxo, dar esclarecimentos. Um dos problemas, alega, tem a ver com o facto do encarregado-geral da Área de Jardins e Higiene e Limpeza ter terminado o seu contrato ”cerca de um mês antes da minha entrada para o Executivo”. Por não ser possível contratar mais pessoal, só agora se procedeu à sua substituição no cargo por um elemento que já era trabalhador da Câmara, o qual terá “iniciado funções ontem”, tendo, então, o Lago dos Patos sido limpo.
No entanto, Bernardo Pereira diz que a limpeza do espaço “não se resume a “varrer” o lixo atirado para o mesmo, por pessoas que acham que devem alimentar os patos e os peixes, com restos de comida, pão, pedaços de peixe, entre outros”. É necessário “renovar a água e são precisas duas viaturas para recolha da água, acautelar a sobrevivência dos peixes durante a operação e o transporte de água para encher de novo o Lago”. Há ainda outra questão a ter em linha de conta, é que “a operação não pode ser feita com intervalos muito curtos, pois a água necessita de ‘criar’ nutrientes para o alimento das tartarugas e dos peixes” que ali ‘residem’.
Uma explicação que não convence a deputada Odete Cosme, que diz ter a autarquia nos seus quadros “12 jardineiros, 116 funcionários para apoio operacional, 10 cantoneiros de limpeza, 6 carregadores e 4 canalizadores”. Isso seria mais do que suficiente, na sua opinião, para que o problema tivesse sido resolvido há muito tempo e pergunta se “a câmara e respectivos funcionários nada fazem desde Dezembro de 2011” devido à saída do responsável por aquele sector.  
Também defende que não há necessidade de viaturas para transportarem a água, uma vez que “o lago tem no fundo uma válvula de descarga”. Para além de que a água reposta vem da ”mina dos bombeiros municipais, e que por não ter qualquer tipo de tratamento ou aditivo, já contém os nutrientes e micro-organismos necessários aos peixes”. Alega ainda que as tartarugas “nesta altura do ano se encontram em hibernação e que por essas circunstâncias não necessitam de se alimentar”.

1 comentário:

  1. Por se falar em Lago dos Patos, recordo-me de umas cenas ali passadas, por volta do ano de 1960, altura em que uns putos, com idades que medeavam os 14 anos, para ali iam, dar de comer aos patos, em vez de irem para a oficina onde deveriam estar a trabalhar. E o pior, é que o pão atirado aos patarecos, era o que, cada uma das mães lhes tinham colocado no cabaz para acompanhar a refeição. Perdiam por ali horas e mais horas... trabalhar? Está quieto ó preto! Alguns deles nem sabiam o bem e a sorte que tinham em ter entrado numa oficina de serralharia, canalizador ou eletricista. Fugir à serventia nas obras, era só para alguns rapazolas prendados, mas estes nem sequer sabiam avaliar esse bem. Para eles, que tinham entrado com boas cunhas, mais parecia que as oficinas eram deles, mas alguns foram de "escantilhão", porta fora e, se as suas vocações eram as de dar de comer aos patos, agora tinham todo o santo dia para o fazer.
    Se eles ainda estiverem por aí, era aproveitá-los e propor-lhes a tarefa, já que, por força do ditado, "quem corre de gosto não cansa", também não recebe cachet. Assim, em termos de mão-de-obra especializada, já a Câmara não tem que dispender um único chavo.

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