quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mundo ao contrário

Há mais de um ano que o Governo anda a falar num empréstimo para as autarquias saldarem as dívidas mais antigas aos seus fornecedores. No final do ano, os acordos com a maior parte das autarquias em situação mais complicada foram assinados, mas a verdade é que o dinheiro ainda não apareceu, pois agora é o Tribunal de Contas que está a engonhar. Há que cumprir a lei, dizem. A letra, o espírito, os artigos, as cláusulas, as vírgulas, tudo.
Mas, entretanto, apareceu mais um banco em dificuldades e lá foi o Estado a correr injectar acho que mil milhões de euros. Ao que parece, num processo rápido, sem espinhas e sem necessidade de qualquer tipo de burocracia. Há que salvar o que realmente importa, os pobrezinhos dos bancos. Os outros que se lixem. É o mundo ao contrário.


(Opinião, Jorge Eusébio)

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