quarta-feira, 4 de março de 2015

Henrique Granadeiro só assume ter decidido aplicação de 200 milhões no grupo Espírito Santo


Henrique Granadeiro assume a responsabilidade pela aplicação de 200 milhões de euros da Portugal Telecom no Grupo Espírito Santo. Era um investimento que transitou de uma aplicação na Espírito Santo Internacional que foi renovada, mas passando para outra empresa do grupo, a Rioforte, que acabou por falir.
Era presidente da PT SGPS e foi abordado por Ricardo Salgado para fazer essa operação, que acabou por ser negociada pelo director financeiro da PT com o seu aval.

Na altura, estava em curso um processo de reorganização da PT, tendo em vista a fusão com a empresa brasileira Oi. Consistia na passagem dos activos da Portugal Telecom SGPS para a Portugal Telecom Portugal, que era presidido por Zeinal Bava, no âmbito da qual terão sido feitas as restantes aplicações no grupo Espírito Santo, no valor de cerca de 700 milhões de euros.

Henrique Granadeiro referiu, na sua inquirição na Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES, que havia uma relação "sem falhas" de cerca de 13 anos com o grupo Espírito Santo, que era accionista importante (10%) na PT e que sempre cumpriu os prazos e remunerações das aplicações, as quais terão sido muito proveitosas para a PT.

Na altura em que decidiu manter o investimento de 200 milhões, alega não ter tido razões para supor que haveria qualquer problema com o grupo, em geral, e com a Rioforte, em particular.

Henrique Granadeiro disse ainda não perceber porque é que a actual administração da PT não avançou judicialmente contra o BES e o Novo Banco e porque mantém uma posição "subalterna e humilhante" perante a OI. Lembra que é o maior accionista individual da empresa brasileira, inclusivamente, tinha direito de veto e não o utilizou na recente decisão de venda da PT.
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