Texto de Pedro Mendonça e Odete Cosme, do Bloco de Esquerda, publicado nesta edição do POVO DO CARTAXO, jornal que pode assinar aqui.
Em 2009 fomos candidatos à Assembleia
Municipal pelo Bloco de Esquerda por termos a vontade de servir a comunidade,
de representar os nossos concidadãos, de fiscalizar a ação do poder, de tornar
mais transparente a gestão pública, de dar resposta às reais necessidades da
população, de lutar pelo respeito pelas leis da República e de provar que é
possível uma nova forma de fazer política local.
Eleitos,
tentámos cumprir os nossos compromissos, mais que representantes de um partido
ou de uma ideologia, fomos representantes de todos os cidadãos. A realidade é
que perdemos algumas batalhas em que nos envolvemos, não por falta de empenho
mas porque o Poder sempre se interessou mais em manter-se no Poder do que em cooperar
para o bem comum, atitude espelhada nos chumbos sem discussão das propostas por
nós apresentadas.
Apesar
do bloqueio da maioria absoluta eleita pelo PS, acreditamos ter ganho a guerra
de mudar a política no Concelho do Cartaxo. Hoje somos muitos cidadãos a querer
a transparência e somos mais cidadãos sem medo e com menos “respeitinho” a quem
não o merece. Acreditamos que estilhaçámos a parede opaca que separava os
cidadãos da gestão municipal e que lhes devolvemos algum do Poder que lhes foi
sendo tirado.
Por
termos sido eleitos também para fiscalizar, denunciámos publicamente os
negócios dúbios que se fizeram e as viagens e os regabofes pagos por todos nós.
Revelámos a dívida da Câmara, a sua irracionalidade e como ela levou a um
aumento generalizado dos nossos impostos. Lutámos sem tréguas contra o negócio
das águas e conseguimos realizar um referendo local que travou um leilão de
oitocentos lugares de estacionamento no espaço público. Em nome da ética
apresentámos dezenas de queixas às autoridades no sentido de julgar quem a
nosso ver praticou Gestão Danosa e de quem se usou dos seus cargos para ter
aquilo a que não tinha direito.
Muitas
foram as propostas chumbadas sem discussão, desde um plano de poupanças
imediatas, à renegociação com a Cartágua, passando pela gestão da dívida. Nunca
parámos de exigir o arranjo das ruas, estradas e jardins deixados ao abandono
propondo onde se deveria cortar para haver dinheiro para cuidar do concelho.
Procurámos
sempre consensos e estivemos sempre abertos ao diálogo com todos os que se
opuseram a Paulo Caldas e Paulo Varanda. Fizemo-lo porque consideramos que
foram os piores autarcas na história do Cartaxo e infelizmente os factos
dão-nos razão.
A
nossa luta foi e é um serviço cívico, não somos nem nunca seremos profissionais
da política e por essa razão não nos candidatamos nas próximas eleições
autárquicas. Acreditamos que é necessária uma mudança constante nestes cargos
para evitar esmorecimentos, tentativas de corrupção ou naturais vícios a que
constantemente assistimos em quem valoriza mais o cargo do que o dever para que
foram eleitos.
Agradecemos
o apoio que muitos cidadãos de vários quadrantes nos deram e ao Bloco de
Esquerda, continuamos crentes que a sua ação continuará a ser a da luta
intransigente pelo que é melhor para os cidadãos.
No
final deste mandato, reafirmamos o que sempre dissemos:
Sem comentários:
Enviar um comentário