segunda-feira, 19 de maio de 2014

Toda a história da esquadra que vai ser inaugurada... pela segunda vez



Esta Terça-feira é inaugurada... pela segunda vez, a nova esquadra da PSP do Cartaxo. A abertura de portas do edifício está integrada nas comemorações do 138º aniversário da PSP do distrito, que deverão ser presididas pelo ministro da Administração Interna.

Acontece que a esquadra já havia sido inaugurada uma vez, em Setembro do ano passado, pelo anterior presidente da Câmara, Paulo Varanda, embora à revelia do Governo e da PSP. O autarca considerava – e considera – que o edifício tinha condições para abrir portas, pelo que não fazia sentido que os agentes da PSP continuassem a trabalhar em instalações com poucas condições.

O processo de construção e abertura da esquadra já leva mais de cinco anos. O primeiro protocolo assinado entre a Câmara e o Ministério da Administração Interna foi assinado em 21 de Janeiro de 2009. A partir daí, as obras começaram a surgir e iam, ora avançando, ora parando, em parte por a empresa não receber o que era devido. Empresa que acabou por falir, o que atrasou ainda mais o processo.
Quando, finalmente, o edifício ficou praticamente concluído, Governo e autarquia descobriram que o protocolo inicial não incluía verbas para os trabalhos no espaço exterior e área envolvente. Para resolver o problema, o então director-geral de Infraestruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna, João Alberto Correia – recentemente detido por suspeitas relacionadas com adjudicações de construção de edifícios da PSP - deslocou-se ao Cartaxo e assinou com a autarquia um novo protocolo, através do qual o Ministério da Administração Interna assumiu o compromisso de suportar um custo até ao montante de 20% do valor da empreitada total, correspondendo a cerca de 300 mil euros.

Para não variar, no entanto, no local, as intervenções continuaram a desenvolver-se devagarinho, até que o então presidente da Câmara acabou por resolver inaugurar o edifício, através da colocação de uma placa com o seu nome, naquele que foi o seu último acto público naquela condição.
O edifício manteve-se fechado e, em Novembro, soube-se que o equipamento que estava na esquadra foi transportado para Lisboa, regressando mais tarde ao local de origem.
No entanto, em entrevista à TEJO – Rádio Jornal, o agora vereador Paulo Varanda garante que boa parte do material que lá está agora não é o original, mas equipamento em segunda-mão. O autarca critica todo este processo e insinua que o atraso na construção e na abertura da esquadra teve motivação política.

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