Tal como
no futebol, na política também há três tipos de equipas. As que lutam pela
vitória no campeonato; as que tentam um lugar para ir à Europa e, finalmente,
as que, simplesmente, tentam sobreviver.
No
primeiro caso, surgem PS e PSD, que têm sempre como objectivo vencer as
eleições. Depois, há as equipas políticas que lutam para ir à Europa, ou seja,
para conseguirem manter um número razoável de deputados no Parlamento têm sido
o PCP (CDU), o CDS e o Bloco de Esquerda.
As
restantes procuram apenas obter o número possível de votos, militantes e
simpatizantes suficientes para não desaparecerem do mapa e, pelo menos,
concorrerem às eleições seguintes.
Quando
olhamos para os resultados das eleições legislativas no Algarve desde 2002,
essa divisão torna-se perfeitamente clara. Em conjunto, PS e PSD arrecadaram
mais 120 mil votos nas eleições de há quatro anos, o que corresponde a 60% do
total de votos expressos. É uma percentagem brutal, mas, ainda assim, menos
pesada daquela que os dois principais partidos conseguiram em 2005. Nada mais,
nada menos do que 147.673 votos, ou seja, 74% do total.
No
segundo grupo aparecem CDU, CDS e Bloco de Esquerda. Recolheram 59.208 votos
(quase 30%), um valor ligeiramente abaixo do que conseguiram em 2009: 68.251
votos (34%).
Os
restantes partidos não conseguiram mais do que 12.324 votos em 2001, ou seja,
apenas os escolheram umas 6 em cada 100 pessoas que votaram no Algarve.
(Opinião, Jorge Eusébio)
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