As portagens na Via do Infante são uma das maiores chagas que se abateram sobre o Algarve nos últimos anos. Aumentaram os custos de particulares e empresas, deram uma péssima imagem da região aos turistas e, sobretudo, contribuíram para o aumento dos acidentes e das mortes na EN 125.
Os partidos sabem disso e, de uma forma
geral, acenam com o fim das portagens.
João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda,
tem sido o principal dinamizador da Comissão de Utentes e não com
meias-medidas. Para ele, não interessa nada virem com propostas de diminuição
dos valores a cobrar, o que interessa é acabar já com as portagens.
Esta é também a principal prioridade de
Nuno Campos Inácio, do Nós Cidadãos. Se chegar ao Parlamento, a primeira tarefa
com que se propõe avançar é convencer os outros deputados e o Governo a
acabarem com as portagens.
No seu programa, a CDU, que tem como
cabeça-de-lista Paulo Sá, acusa PS, PSD e CDS de serem os responsáveis pela
implementação das portagens, decisão que tem como objectivo “proteger as
fabulosas rendas auferidas pelos grupos que económicos que exploram a
concessão”. Se depender da CDU, o que há a fazer é, pura e simplesmente,
proceder à “imediata abolição das portagens na Via do Infante”.
Menos taxativas são as propostas do PS e
da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS). O nº1 da lista do PS, José
Apolinário, afirmou em Silves, na sessão de apresentação dos candidatos que o
objectivo final é, realmente, acabar com as portagens, mas que não pode
garantir que o PS tome essa decisão de imediato. De acordo com os estudos
encomendados pelos socialistas, o que é possível é avançar-se com uma redução
do valor das portagens em 50% e é isso que prometem aos algarvios fazer no
imediato.
A coligação PSD/CDS é mais vaga em
relação a esta matéria. No seu programa apenas se propõe avançar com “uma
revisão do preço das portagens, de forma a garantir a discriminação positiva
para as vias estruturantes da região algarvias”. Traduzindo por miúdos, isto
significa que PSD/CDS não prometem acabar com as portagens, mas proceder a uma
diminuição cujo valor não quantificam.
(Opinião, Jorge Eusébio)
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