Acontece com
frequência irem às sessões da câmara do Cartaxo decisões tomadas pelo
presidente para ratificação do executivo. Normalmente trata-se da isenção de
taxas de espectáculos no Centro Cultural. Estes
temas devem ser apresentados na primeira sessão após a tomada de decisão, um
prazo que nem sempre é cumprido.
O vereador Vasco Cunha
(PSD) mostra estar muito atento a estas situações. E sempre que constata que um
desses documentos já deveria ter sido apresentado numa sessão anterior, alerta
o executivo para o facto.
Isso voltou a
acontecer na sessão do executivo de Segunda-feira. Chamou a atenção da maioria
socialista e lembrou que o não cumprimento destes prazos “dá perda de mandato”.
Um aviso que, pelos vistos, não assustou o vice-presidente, Fernando Amorim,
que presidia à sessão. Mas que me surpreendeu a mim que - sou sincero - não
fazia ideia que uma banalidade destas tivesse como consequência tão drástica penalidade. É claro que é importante cumprir as regras, mas é
capaz de haver alguns ‘pecados’ mais graves que justifiquem a perda de mandato.
Se calhar não seria má
ideia que Vasco Cunha – que também é deputado na Assembleia da República –
propusesse ou sugerisse a revogação desta lei. É que dá a sensação que um dos seus
sonhos é vir a ser presidente da Câmara do Cartaxo. Já foi candidato derrotado
duas vezes, mas nada impede que volte a concorrer ao cargo, podendo,
eventualmente, vir a ter sucesso. E se isso acontecer, desconfio que terá muito
mais que fazer do que andar a verificar a data dos carimbos de todos os
documentos que entram e circulam na Câmara. Poderá, por isso, ter uma falha
deste género, atrasar-se a levar um desses documentos à sessão do executivo, e
seria injusto que perdesse o mandato por isso.
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