Os políticos são excelentes a contar histórias
da carochinha. A mais básica, mas ainda assim de grande
popularidade e sucesso, é a promessa de não aumentarem
impostos, em época eleitoral. Depois, enfim, a gente
sabe o que acontece.
Outra história da carochinha é quase
nunca se demitirem de cargos políticos por razões... políticas.
É sempre por motivos profissionais ou pessoais.
Nos últimos tempos demitiram-se três presidentes de concelhia no Cartaxo (dois no PS e um no PSD). Adivinham porquê? Claro, por razões de ordem profissional e pessoal, nada de motivos políticos envolvidos.
Nos últimos tempos demitiram-se três presidentes de concelhia no Cartaxo (dois no PS e um no PSD). Adivinham porquê? Claro, por razões de ordem profissional e pessoal, nada de motivos políticos envolvidos.
Atenção, não estou a dizer que mentiram. Admito
perfeitamente que haja razões pessoais e profissionais pelo meio. Mas não
assumirem que a essas se juntam razões politicas parece-me uma história
da carochinha. Razões políticas, digo eu, ligadas, em boa medida, à situação insuportável
que se vive em Vila Chã de Ourique, que, ao fim de um ano e tal, continua sem
ter os seus órgãos autárquicos devidamente eleitos e instalados.
Sobre esta questão a nova presidente da comissão política
do PS, Elvira Tristão, vem dizer que vai dar tempo e autonomia para os eleitos
da freguesia resolverem o problema.
Parece-me outra história da carochinha. Até agora
não lhes faltou tempo nem autonomia e não resolveram nada. Ela vai ter mesmo de
pôr as mãos na massa e encontrar uma rápida solução. Se isso não acontecer estou
mais que convencido que, dentro de poucos meses, também
ela se vai demitir do cargo. Por razões pessoais
e profissionais, claro.
(Opinião, Jorge Eusébio)
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