Esta
Terça-feira é inaugurada... pela segunda vez, a nova esquadra da PSP do Cartaxo.
A abertura de portas do edifício está integrada nas comemorações do 138º
aniversário da PSP do distrito, que deverão ser presididas pelo ministro da Administração Interna.
Acontece que
a esquadra já havia sido inaugurada uma vez, em Setembro do ano passado, pelo
anterior presidente da Câmara, Paulo Varanda, embora à revelia do Governo e da
PSP. O autarca considerava – e considera – que o edifício tinha condições para
abrir portas, pelo que não fazia sentido que os agentes da PSP continuassem a
trabalhar em instalações com poucas condições.
O processo
de construção e abertura da esquadra já leva mais de cinco anos. O primeiro
protocolo assinado entre a Câmara e o Ministério da Administração Interna foi
assinado em 21 de Janeiro de 2009. A partir daí, as obras começaram a surgir e
iam, ora avançando, ora parando, em parte por a empresa não receber o que era
devido. Empresa que acabou por falir, o que atrasou ainda mais o processo.
Quando,
finalmente, o edifício ficou praticamente concluído, Governo e autarquia
descobriram que o protocolo inicial não incluía verbas para os trabalhos no
espaço exterior e área envolvente. Para resolver o problema, o então
director-geral de Infraestruturas e Equipamentos do Ministério da Administração
Interna, João Alberto Correia – recentemente detido por suspeitas relacionadas
com adjudicações de construção de edifícios da PSP - deslocou-se ao Cartaxo e assinou
com a autarquia um novo protocolo, através do qual o Ministério da Administração Interna
assumiu o compromisso de suportar um custo até ao montante de 20% do valor da
empreitada total, correspondendo a cerca de 300 mil euros.
Para não
variar, no entanto, no local, as intervenções continuaram a desenvolver-se
devagarinho, até que o então presidente da Câmara acabou por resolver inaugurar
o edifício, através da colocação de uma placa com o seu nome, naquele que foi o
seu último acto público naquela condição.
O edifício
manteve-se fechado e, em Novembro, soube-se que o equipamento que estava na
esquadra foi transportado para Lisboa, regressando mais tarde ao local de
origem.
No entanto,
em entrevista à TEJO – Rádio Jornal, o agora vereador Paulo Varanda garante que
boa parte do material que lá está agora não é o original, mas equipamento em
segunda-mão. O autarca critica todo este processo e insinua que o atraso na
construção e na abertura da esquadra teve motivação política.
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