terça-feira, 27 de maio de 2014
Câmaras sem dinheiro para pagar salários
Até há bem pouco tempo era praticamente impossível alguém
falar em problemas no pagamento de salários na função pública.
Agora, já não é
bem assim, pelo menos nas câmaras mais endividadas. Uma das que estão com a
corda na garanta é a do Cartaxo, que, este mês, já teve de deixar de cumprir outros compromissos e acordos de pagamentos para conseguir arranjar dinheiro suficiente para pagar os salários aos seus funcionários.
E, se não conseguir fechar um acordo com o Santander Totta,
banco que lhe está a penhorar as verbas que deveria receber do pode central,
será praticamente impossível pagar salários. O acordo com a instituição
bancária parece estar quase concluído, mas… falta o quase.
Outra câmara cujos responsáveis não devem saber o que fazer à vida é a de Portimão. Quer nesta, quer na do Cartaxo, esperava-se com
ansiedade que chegasse o dinheiro do Plano de Apoio à Economia Local (PAEL), um
empréstimo do poder central, para conseguirem pagar uma parte significativa das
suas dívidas. Só que, na Sexta-feira, ficou a saber-se que o Tribunal de Contas chumbou este empréstimo à Câmara de Portimão e, muito provavelmente, o mesmo
vai acontecer à do Cartaxo.
Os responsáveis das duas autarquias já pensam no próximo
mecanismo que o Governo e a Assembleia da República estão a preparar, o Fundo
de Apoio Municipal, relativamente ao qual não se sabe ainda grandes pormenores, nem, em
concreto, quando entrará em vigor.
E até que isso aconteça, é preciso continuar
a pagar salários e outras despesas básicas…
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