Essas ausências levaram a que
fosse essencial para a aprovação do novo tarifário a abstenção de um elemento
do PSD, o presidente da Junta de Freguesia da Ereira, o que muito irritou os
eleitos do Bloco de Esquerda, que fazem da oposição à concessão das águas e a
quem a apoia uma das suas bandeiras principais.
E daqui resultou a outra
consequência essencial desta sessão: o rompimento da espécie de coligação ou de
pacto de não agressão que sempre pareceu ter existido entre os diversos
partidos da oposição, sobretudo, entre o PSD e o Bloco de Esquerda. Julgo que
para aí em 90 por cento dos casos os eleitos dos partidos da oposição terão
votado em sintonia. E ,
mesmo quando não o fizeram e era visível que tinham opiniões diferentes sobre a
matéria em causa, nunca se ouviram críticas fortes entre eles.
Ontem, a discussão acabou por
ser feia, o que indicia que o relacionamento entre estes dois partidos nunca
mais voltará a ser o que era. Até porque, se até agora o seu adversário
político nº1 era o presidente da Câmara, parece que isso continua a ser verdade
para o Bloco de Esquerda mas não para o PSD que já virou a agulha para o ataque
a Pedro Ribeiro, o presidente e candidato do Partido Socialista à presidência
da Câmara.
Curiosamente, e pelo menos
para já, Pedro Ribeiro e o grupo que o apoia elege como principal alvo, não o
PSD nem qualquer outro partido da oposição, mas sim Paulo Varanda, o homem que
eleito na lista do PS, está à frente da Câmara. Enfim, está confusa a política
cartaxeira.
(Opinião, Jorge Eusébio)
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