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Já começou o
processo de endeusamento de José Sócrates. Ao que parece, agora vai armar-se em
comentador na RTP. Irá certamente criticar os governos que nos trouxeram ao
inferno. Sobretudo este e o anterior, um que tinha como primeiro-ministro um
indivíduo que, curiosamente, tinha um nome muito parecido com o seu. Mas,
seguramente, não se trata da mesma pessoa.
O povo
português tem realmente fraca memória e de certeza que já se esqueceu do nome
dos governantes que nos colocaram nas mãos dos abutres da troika, devido às
péssimas decisões que tomaram. A começar pelo principal deles todos, o
primeiro- ministro do anterior governo, que não era outro senão este José
Sócrates que daqui a muito pouco tempo será levado num andor como se não
tivesse absolutamente nada a ver com este filme.
À primeira
vista, trata-se de uma manobrazinha política do Governo e, sobretudo, do
ministro que tem a tutela da RTP para dividir o PS e tentar que Sócrates faça
sombra a António José Seguro. Está o país enterrado em dívidas, falências e
desemprego e os dirigentes políticos continuam com os esquemas e os calculismos
cínicos de sempre.
A começar
pelo PS que está à espera que o Governo e a coligação caiam de maduro para que
depois possa então subir tranquilamente ao poder. É verdade que ontem, depois
de muito resistir, António José Seguro lá disse que vai apresentar uma moção de
censura para inglês ver. Mas o que o PS quer mesmo é que o Governo se mantenha
por mais uns tempos, para fazer o trabalhinho sujo todo. O problema é que, depois
disso, é provável que já não haja país nenhum para os socialistas governarem.
Mas, vamos
ser positivos, esperar que haja um milagre e que o país, pelo menos
formalmente, não desapareça. E que ainda haja alguns portugueses que consigam
resistir à brutalidade dos impostos, aos aumentos avassaladores do preço dos
bens e serviços, à falta de emprego e à quebra de qualidade do serviço de
saúde.
Pois bem,
era capaz de apostar que esses portugueses, que consigam resistir a todas estas
tragédias, ainda vão acabar por eleger José Sócrates como presidente da
República. E, provavelmente, uns tempos depois também Pedro Passos Coelho. Para
já não falar em
Durão Barroso. Isto não é apenas um país de gente sem
memória. É um país de gente masoquista, de gente que adora sofrer.
(Opinião, Jorge Eusébio)
Ninguém melhor do que ele para explicar os porquês da crise aos portugueses...
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