A Câmara do Cartaxo decidiu, na
sessão do seu executivo de 15 de Dezembro, rejeitar a proposta de aumento do
tarifário da água para 2015 apresentada pela concessionária das águas do
concelho, a Cartagua. No documento que justifica esta decisão, a autarquia
alega "terem sido identificados fortes indícios de que o processo de
formação do contrato e dos seus adicionais padece de erros
grosseiros".
Esta afirmação, explicou o
presidente da Câmara, Pedro Ribeiro, baseia-se em conclusões preliminares de um
relatório de auditoria jurídica e financeira aos contratos, que está a ser
desenvolvida.
Em especial, em causa está um
designado factor Z, incluído num contrato adicional negociado entre a empresa e
o anterior executivo, que prevê um aumento do tarifário suplementar de 5% ao
ano, a acrescentar à actualização normal.
Pedro Ribeiro há muito que vem
manifestando ter dúvidas sobre se se justifica esse aumento.
O relatório preliminar da auditoria
não foi, no entanto, distribuído aos vereadores da oposição, o que deverá
acontecer apenas depois de estar concluído. Uma situação criticada pelo
vereador Nuno Nogueira, do Movimento pelo Cartaxo, que, para além de outros, solicitou
este documento, de forma a poder estudá-lo e verificar se concorda com a
interpretação dada por Pedro Ribeiro. Na mesma linha foi a intervenção de
Vasco Cunha, do PSD, que a determinada altura manteve um diálogo um pouco mais
acalorado com o presidente da Câmara.
Apesar disso, o executivo deliberou
(com os votos favoráveis dos eleitos do PS e PSD e a abstenções dos vereadores
do Movimento pelo Cartaxo) rejeitar a proposta da Cartagua e aprovar um outro
documento que prevê que os aumentos do tarifário do próximo ano sigam a taxa de
inflação.
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