Hoje há pelo menos duas notícias algo estranhas em grande destaque
na imprensa. Uma delas tem a ver com a fuga de um preso algemado, em pleno
carro da GNR. O episódio aconteceu em Famalicão. Segundo se pode ler no Diário
de Notícias, o homem de 29 anos tinha sido detido na sequência de um assalto,
estava no interior de um carro da GNR, algemado, enquanto dois agentes daquela
força de segurança conversavam no exterior. De repente, o preso saltou do banco
de trás em que se encontrava para o do condutor e, depois de conseguir mudar a
posição das mãos, arranjou forma de, mesmo algemado, arrancar com o carro a
alta velocidade e desaparecer da vista dos militares da GNR que o haviam
detido.
A outra notícia tem a ver com a ideia peregrina de quem manda na
Europa de incluir nas suas contas as verbas provenientes da actividades, que
tanto quanto julgo saber, continuam a ser ilegais, como sejam a prostituição, o
tráfico de droga ou o contrabando de álcool e tabaco.
Parece que as inteligências que decidiram isto têm bons argumentos
para os justificar, mas o que na prática se pretende é melhorar de forma
artificial os indicadores económicos da União Europeia. Levando as coisas às
últimas consequências, por que é que os governos não fazem uma campanha de
apelo ao incentivo destas nobres actividades? É que, por esta ordem de ideias,
quanto mais aumentar a prostituição, o tráfico de drogas, de álcool e tabaco,
mais ricos serão os países da União Europeia.
Se não está tudo doido, anda lá perto.
(Opinião, Jorge Eusébio)
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