José Russo, João Oliveira e José Augusto ainda têm bem viva na memória a
maior tragédia que afectou a sua freguesia, Valada. No dia 11 de Fevereiro de
1979, as águas galgaram os diques e invadiram todos os terrenos envolventes.
Apontando para a zona situada perto do cemitério, José Augusto diz que “ali
deve ter subido uns quatro metros”. A força das águas foi tal que ninguém
conseguiu encontrar uma forma de contrariar o seu curso. João Oliveira diz que
a inundação ficou a dever-se a vários factores, entre os quais, não ter havido
coordenação nas descargas das barragens. “Abriram todas as comportas ao mesmo
tempo e a água veio por aí e levou tudo à frente”. Apesar de tudo, ainda
conseguiu salvar muitos dos seus haveres. Havia aviso de mau tempo e, pelo sim,
pelo não, tratou de pôr a salvo os seus bens mais preciosos. Mas muita gente
ficou sem nada.
(Versão integral na edição 864 do Povo do Cartaxo. Assineaqui o jornal)
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